MEU PRIMEIRO AMOR
Ah, o primeiro amor!
O meu, não sei de onde veio, como veio,
Mas veio! Foi contundente, perpétuo, voraz!
Por vezes, provocou-me lágrimas,
Outras, alegrias, sorrisos. até felicidade!
Ameaçou terminar, mas reagiu,
Deu-nos nova chance, foi tenaz!
Às vezes, levou-me ao inferno,
Outras, ao paraíso, ao êxtase!
Cinquenta anos se passaram,
Com os altos e baixos da vida,
Seguimos nos amando, à nossa maneira,
Sem brigas, ou ofensas, sem dor.
O tempo foi implacável. Uma flecha lançada
Rasgou o ar como um raio, e chegamos aqui.
Rápido, "como o olhar, o gesto de Iracema".
O amor continua em alta; o desejo também
Em nós ainda habita, como naqueles dias!
Houve juras naquele altar, perante Jesus,
Que abençoou nossa união. E, assim,
Nunca demos chance a um "segundo amor"!
Eis como fui vencido pelo primeiro amor!
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Este poema veio-me ao comentar um poema homônimo da nossa amiga recantista, Aila Brito, e postei lá como uma interação. Hoje, relendo-o veio-me a inspiração mais completa. Editei-o e aí eis a nova versão.
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Foto: Pixabay
Musica: Meu primeiro amor
Cantor: Maria Betânia