Saavedra Valentim

Manifestações da alma

Textos


MEU PRIMEIRO AMOR

Ah, o primeiro amor!

O meu, não sei de onde veio, como veio,

Mas veio! Foi contundente, perpétuo, voraz!

Por vezes, provocou-me lágrimas,

Outras, alegrias, sorrisos. até felicidade!

Ameaçou terminar, mas reagiu,

Deu-nos nova chance, foi tenaz!

Às vezes, levou-me ao inferno,

Outras, ao paraíso, ao êxtase!

Cinquenta anos se passaram,

Com os altos e baixos da vida,

Seguimos nos amando, à nossa maneira,

Sem brigas, ou ofensas, sem dor.

O tempo foi implacável. Uma flecha lançada

Rasgou o ar como um raio, e chegamos aqui.

Rápido, "como o olhar, o gesto de Iracema".

O amor continua em alta; o desejo também

Em nós ainda habita, como naqueles dias!

Houve juras naquele altar, perante Jesus,

Que abençoou nossa união. E, assim,

Nunca demos chance a um "segundo amor"!

Eis como fui vencido pelo primeiro amor!

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Este poema veio-me ao comentar um poema homônimo da nossa amiga recantista, Aila Brito, e postei lá como uma interação. Hoje, relendo-o veio-me a inspiração mais completa. Editei-o e aí eis a nova versão.

 

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Foto: Pixabay

Musica: Meu primeiro amor

                Cantor: Maria Betânia 

Saavedra Valentim
Enviado por Saavedra Valentim em 15/01/2024
Alterado em 21/03/2024
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