Ciclo
Pego a caneta
Rabisco uns versos.
Mancho o papel de emoções,
De pingos em pó de lágrimas,
De choro, no tempo reprimido.
Esmago o seu ego,
Minh’alma reabre o sorriso,
Muda a face do dia,
Nuvens negras,
Que o vento sopra.
Sol resplandecente!
Lua nova se encantou.
A caneta volta ao papel,
Os versos mancham as emoções,
O papel sopra as lágrimas,
Poeiras do tempo.
Amor recorrente,
Infindo, mutante!
Nuvens negras
Sopram o vento,
Sol se encobriu,
Lua minguante
Pego a caneta...
Novo ciclo.